O fundador

FUNDADOR: FRANK DUFF
UM HOMEM FORA DE SÉRIE

Frank Duff nasceu em Dublin, no dia 07 de junho de 1889, freqüentou a Escola Belvedere dos Jesuítas e depois o Colégio BlackrocK dos Padres do Espírito Santo.
Frank possuía misteriosa habilidade de se comunicar com o povo humilde do mundo. Filósofo, teólogo, estudioso da Bíblia, possuindo farto conhecimento de medicina, ciência e matemática, ele era, acima e além de tudo, um comunicador. Expressava as idéias mais abstratas em linguagem simples. O seu Manual da Legião de Maria, já traduzido em mais de setenta línguas, apresenta profundos fundamentos teológicos da Legião, em palavras que as pessoas mais simples podem entender.
Passados três meses do primeiro encontro da Legião de Maria em 1921, Frank Duff avisou ao grupo pioneiro que, um dia, seu movimento englobaria o mundo inteiro. “As senhoras achavam isto tão inverossímil”, Frank relembrava sessenta anos depois, “que elas passaram quase cinco minutos em uma estrondosa gargalhada”. As senhoras não contavam com a perseverança determinação de Frank Duff, o alcance de sua visão, nem com sua fé inabalável nos destinos da Legião. Retrocedendo dois mil anos, ele transportou, para sua Legião de Maria, a estrutura da organização do exército romano.

Olhando para o futuro, “O grande ausente” chegou e tomou seu lugar, naquele setembro de 1965, entre os delegados e observadores do Concílio Vaticano II, realizado na Basílica de São Pedro, em Roma. Ele espera dois anos por esse momento. Ao notar sua presença, o Cardeal Heenan, da Grã-Bretanha, interrompeu seu discurso para comunicar aos dois mil, e quinhentos patriarcas, cardeais, arcebispos, bispos, abades e superiores de ordens religiosas na Quarta Sessão, que Frank Duff, o gênio dirigente da Legião de Maria, se tornara, finalmente, um participante do Concílio.

O Cardeal Leo Suenens, da Bélgica, relembrava que os delegados do Concílio Cumprimentaram Duff “com uma calorosa e emocionante ovação. Foi um momento inesquecível”.
Muitos delegados haviam questionado por que Duff, líder de um dos maiores e mais efetivos movimentos leigos da Igreja, não fora convidado, junto com outros observadores leigos, em 1963.
O modesto Duff, tranquilamente sentado em seu lugar, aceitou a honra que os delegados lhe concederam, não para si, mas para os milhares de apóstolos leigos que ele representava. O aplauso foi duramente conquistado – bem como cada êxito que havia experimentado.

Frank via a Legião como o exército de Maria, dedicado a arrebanhar homens e mulheres, jovens e crianças para Cristo, o Rei.
Embora visionário, tinha pouca paciência para grandes esquemas. Era o mestre da ação concreta, das metas atingíveis. A Legião, firmemente acreditava, conquistaria o mundo passo a passo.
Frank Duff, convencido de que a Legião serviria à Igreja, no que ele denominava “a terrível batalha do século XXI”, usava cada oportunidade para se encontrar e falar com o povo.
Nos seus últimos anos, era amplamente respeitado como líder leigo.
A essência dos sonhos e ações de Frank Duff foi sua devoção a Maria, Mãe de Deus. Pouco antes de sua morte, em 1980, dissera: “Desde o primeiro momento, a Legião esteve nas mãos de Maria. Minha partida não vai alterar nada”.
Frank Duff – “Obrigado pelo seu companheirismo”.